terça-feira, 29 de março de 2016

Enquanto tu não viras papel
Há a singela e remota lembrança
De que dentre uma risada e outra
Carreguemos no coração um pouquinho de esperança

Enquanto não escrevo sobre ti
Fecho os olhos ao lembrar que
Amo o afagar em teus cabelos
E o jeito como tu falas, explicas e sorri

Enquanto meu lápis não rabisca
Pra discorrer sobre ti
Meu estômago balança inebriado
Quando meus ouvidos detectam teu timbre descompassado

Enquanto tu não viras mais uma rasura
Luto entre uma incerteza e outra
Entre um faiscar de paixão e um soprar de ilusão
Pra que por fim meu coração
Não entre em negação.

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