domingo, 6 de maio de 2012


E lá vens cheia de vontades. E oras, são daquelas esmagadoras. Não vontades de ser feliz, porque de clichês deixes que as novelas cuidem bem. Tens vontades de coisas simples! Vontades de leite derramado, cachoeiras ao banho gelado e céus alaranjados farfalhando-lhe as bochechas. Tens vontade de viver! E lá se vais beirando ao clichê... Ó, tens vontade de escrever. Sem que pares. Sem que tenhas motivo. Queres escrever coisas decentes, indecentes, sem sentido. Tens vontade de gastar grafite até que papelarias digam chega! Tens vontade de rasgar papéis até que as escritas insuficientes prestem. Tens vontade de declarar-se a si mesma. Tens vontade de começar a buscar por si. Onde estás, querida amiga? Há por aí alguma vontade de estrangulares o amigo que aqui te denuncia? Onde estás, borbulhante confusão de sentimentos? Caminhas ao encontro de tudo sem saberes de nada? Onde estás tua sanidade? E tua insanidade, onde estarás? Onde estão teus sentimentos, teus escrúpulos? Cadê tuas qualidades, teus defeitos? Cadê tuas verdadeiras vontades, aquelas que tu quiseras a pouco alistar toda compenetrada? Cadê?
Cadê?
Cadê?
Não sabes. Mal queres saber. Tens preguiça de se encontrar, grande confusão? Mais que tanta confusão pra pouca pessoa em si! Quanta implosão, quanta soma expressa em diminuição! Passarinho assobiou que a senhorita esbarraras com a paixão dia desses. Tentaste ignorar, mas transparente e perdida que estás, foste fácil tal paixão dominá-la. E agora, além de tão perdida em si, tão confusa em confusões, ainda tens que se dividir no ato de amar? Que amor! Amor és coisa para gente que já se ama. Anistie-me. Paixões. É essa tal doença que já se impregnou na coitadinha. Paixão sim, essa és doença de gente confusa. Mas não és para gente confusa. Ou és? Ademais, agora instalada não sais tão cedo. Restas sentirmos pena da grandinha confusão, que só cresces diminuindo dentro de si. Ó, tadinha. Acabas de perceber que mais um lote de grafite acabara e nem sequer começaras a nomear tuas vontades. Certamente uma vontade ela tens. Talvez ela não queiras ter, mas que tens, tens. E cadê a vontade de admiti-la? Admitas ou não, sabes bem a vontade que tem. E a vontade dela, outrora denunciaras, chama-se você.

7 comentários:

  1. Essa é a coisa mais antigamente escrita que eu já vi. Parece tão coisa antiga, mas com um toque de moderno. Tão belo, mas sem excessos, no ponto do amor, da paixão. Tem paixão em cada palavra, e não é clichê. Clichê é aquilo que não te surpreende, que você consegue adivinhar cada linha, tipo o meu comentário. Eu até queria comentar alguma coisa que te surpreendesse, mas acho que vou ficar com o meu profundo mas clichê de sempre.
    Não vou nunca te macacos :B

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    1. Tô tão boba com seu comentário que nem sei o que responder.
      Só que paixão pode até não ser clichê, mas não deixa de ser uma droga, é.
      E seus comentários nunca são clichês, eles me surpreendem sempre. E me deixam super feliz! Se bem que ser feliz é clichê, mas... Ok, esquece HSAUHSAUHSUAHS
      E como assim macacos?? explica isso direito! UHSUASHAHSUAS

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    2. ah, é que eu queria te surpreender, daí escrevi a primeira coisa que me veio na cabeça e que você nunca esperaria.

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    3. UHSUAHSUAHSUASUAHUSHUASA ai Annie, só vc!

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    4. já percebeu que você fala isso em muitos comentários? q

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    5. É porque você é única, não dá pra evitar USHAUSHUASHUAHUSAHS Meia-pagável.

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    6. nunca vai esquecer HIDUHASDIHSADUDUHIUDIUDSISAUH

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